Sabemos que Josué foi o responsável para entrar com o povo em Canaã e para isto era necessário que atravessassem o rio Jordão. Na preparação para esta travessia a arca da aliança, que era a presença do próprio Deus em meio ao povo, ia à frente, sendo carregada pelos sacerdotes e após ela seguia-se o povo. Nesta situação, pensando de forma racional, como seria possível carregar a arca no meio do rio?
Deus age novamente fazendo com que as águas do rio parem para que Israel possa atravessar. A Palavra afirma ainda que os sacerdotes que carregavam a arca mantiveram seus pés firmes sobre a terra seca no meio do rio, e todo o povo com os pés enxutos. Após isso Deus direciona que Josué, líder do povo, escolha um homem de cada tribo para que recolham 12 pedras do local onde os sacerdotes firmaram seus pés. E assim Josué o fez, colocando em seguida as pedras em Guilgal, o local onde eles pernoitaram.
Nossas vidas precisam ser como essas 12 pedras, um memorial que faça com que possamos sempre recordar do quão forte e fiel é nosso Deus. Em tempos de distração e vida corrida isso torna-se ainda mais necessário, visto que tendemos a olhar somente para o que está ao nosso alcance e esquecermos de que Deus permanece conosco.
O memorial é necessário também para as mentalidades de quem só valoriza a experiência que aconteceu no passado. A pessoa acredita que grandioso foi aquele dia, aquela experiência, mas esquece-se de que não é sobre o momento, mas sobre Quem realizou naquele momento, e tendo Ele feito naquela circunstância, também fará no agora.
Construir memoriais a Deus é honrá-Lo sempre. Saber que Ele sempre é fiel conosco, e por isso queremos também sermos sempre fiéis a Ele. Colocamos aqui, como exemplo, o uso dos sinais de pertença dos irmãos adeptos do Caminho em nossa comunidade. É ilusão acreditar que o uso do sinal é demonstração de superioridade, todavia, serve para nos lembrar de que: Primeiramente são irmãos publicados para o mundo, que os configura como pessoas em processos de decisão e confirmação da vocação extraordinária para o Reino dos Céus. Segundo, confirma a eleição de Deus e a proximidade do tempo definitivo como discípulos. Com isso recorda-se cada momento em que estes irmãos precisam passar por tantos rios, mas passam confiando que Deus os coloca a pé enxuto, ou seja, recorda-se a fidelidade de Deus, colocando-O em evidência. Recorda-se que Ele é quem chama a atravessar, e assim viver a eleição.
Porém, além de todo sinal, é necessário que cada vida pertencente ao Senhor seja sempre este memorial. Que se viva sendo o fruto desta vinha de Deus.