Falar a respeito de Reino de Deus diz respeito a várias coisas, porém uma das principais é perceber que a sua vida é governada por Ele, não por circunstâncias. Quem coloca início e fim é Ele, quem dá a direção é Ele e considerando Seu governar, também é para Ele que corremos sempre. É para o Seu amor que nossa vida está voltada, seja em momentos de águas tranquilas ou mais agitadas. Na história de hoje iremos falar de uma pessoa que em um destes momentos difíceis correu para Jesus, e não para os seus métodos ou para suas opções. Falaremos sobre Jairo e sua filha.

Jairo era um dos chefes da sinagoga, isso significa que ele possuía conhecimento da Lei, mas também da interpretação desta, sabendo assim qual era cada uma delas e como vivê-las. Na sinagoga não se realizavam sacrifícios, mas apenas orações, cultos e reuniões, logo era responsabilidade de Jairo – sendo este um chefe da sinagoga – dirigir as adorações, escolher quais outros fariseus iriam dirigir as adorações, ler e pregar sobre as escrituras, além de também esclarecer como os judeus deviam viver segundo a Lei.

Sabendo então desse contexto que resume a vida de Jairo poderíamos deduzir que para qualquer circunstância de sua vida ele possuía uma resposta na Lei. Porém Jairo, como tantos outros fariseus, foi surpreendido pela grande Resposta que é Jesus. Ao ser confrontado com a situação de sua filha adoecida quantas não devem ter sido suas formas de tratá-la, porém foi recorrendo a Jesus que percebeu que era Nele que se encontrava a cura e também a resposta.

Por tantas vezes já achamos que temos a resposta de tudo em nossa vida, não é? Mas quando as coisas apertam é que percebemos que não somos conhecedores de nada! Nos julgamos donos da sabedoria, porém nos dias difíceis nos sentimos tristes por nos encontrarmos tão frustrados com nós mesmos. É necessário esse ir de Jairo a Jesus em nossas vidas, ação de quem corre para Ele sabendo que somente tem a Ele e que apenas Ele é a resposta. Para isto é preciso diariamente a vivência de um coração que deixa-se governar pelo Rei. Que não se abandona ao fatalismo e nem ao desespero, mas à confiança de que Ele é.

A menina de apenas 12 anos inicialmente estava enferma, mas logo vem o servo de Jairo dizer que sua filha morreu, e que não incomodasse Jesus(Lc 8,49). Ou seja, a situação foi se tornando cada vez mais catastrófica, ao ponto do servo se entregar ao desespero, todavia, Jesus ouvindo aquilo lançou coragem e fé para Jairo, afirmando que ela não havia morrido, mas apenas estava dormindo. Jesus entra na casa de Jairo, pega a mão da menina e exclama que ela levante, e assim acontece, voltando a menina a respirar imediatamente.

Aquela criança recebeu de Jesus Seu toque, Seu ar, mas antes de tudo isso recebeu, por intermédio do seu pai, confiança, coragem, e uma resposta de vida. Jairo foi um intercessor para sua filha naquele momento. Podemos então perceber que aquilo que Jairo inicialmente encontrou em Jesus não parou nele, mas alcançou outra pessoa, no caso sua filha.

Hoje, nesta jornada de celebração, convidamos você a abraçar esta posição de Jairo. De quem sai do seu suposto saber e vai para Jesus, que é A Resposta. Que não se abala no fatalismo, mas recebe do Senhor coragem e fé. E com tudo isso que recebeu leva a quem precisa, como meio de intercessão. 12 anos de Kadosh é um chamado a sermos intercessores.